quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Governo assina projeto do trem de passageiros entre Brasília e Luziânia

15/12/2011 - Agência Brasília

Os governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e de Goiás, Marconi Perillo, assinaram nesta quinta-feira acordo de cooperação com o Governo Federal para dar início à transformação da linha férrea entre Brasília e Luziânia (GO) em linha regular de transporte de passageiros. Além de integrar ainda mais a região, a implantação do novo meio de transporte beneficiará cerca de 500 mil moradores do Entorno Sul e desafogará o trânsito, tirando de circulação até 100 mil carros que passam diariamente pela Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA).

A assinatura do acordo permite o início dos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Socioambiental (EVTEA) para a instalação do novo trem de passageiros. Além dos governos do DF e de Goiás, celebraram a parceria os ministérios da Integração Nacional e dos Transportes, a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Senadores, deputados distritais, estaduais e federais brasilienses e goianos, além de prefeitos dos municípios do Entorno, testemunharam a assinatura do convênio.

“Temos aqui uma união suprapartidária em prol do desenvolvimento do Entorno. Nossa integração é pela sobrevivência da nossa região, que tem uma das maiores concentrações populacionais do país e precisa dessas ações conjuntas”, destacou o governador Agnelo Queiroz. Ele explicou que hoje a ferrovia é utilizada apenas para o transporte de cargas e, com a mudança, poderá beneficiar centenas de milhares de passageiros que moram na região do Entorno Sul. “A melhoria do transporte é um desdobramento do PAC do Entorno, que eu e o governador Marconi Perillo apresentamos à presidenta Dilma Rousseff”, acrescentou.

O governador de Goiás, Marconi Perillo, reitera: “Estamos muito entusiasmados com essa perspectiva real e concreta para integrar o estado de Goiás a Brasília. A implantação do transporte ferroviário de passageiros é a concretização de um sonho e de um compromisso de campanha, firmado nos planos de governo meu e do governador Agnelo Queiroz”.

Benefícios – Agnelo Queiroz lembra que o projeto também contribuirá com o desenvolvimento econômico da região, uma vez que a adaptação da ferrovia vai gerar novos postos de trabalho. “Isso sem contar a melhoria da qualidade de vida. Esse estudo vai acelerar a entrega de um novo tipo de transporte para a nossa população, que perde quatro ou cinco horas por dia para ir ao trabalho e voltar. Esse tempo poderá ser usado para a pessoa se qualificar profissionalmente ou para ficar com a família, por exemplo”, avaliou.

A coordenação do comitê técnico da ferrovia estará a cargo da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). Segundo o diretor-superintendente do órgão, Marcelo Dourado, a adaptação será uma obra relativamente simples. “A linha férrea já está pronta e essa adaptação terá um gasto muito pequeno para uma obra desta magnitude: R$ 1 milhão por quilômetro e vai beneficiar 500 mil pessoas”, detalhou. “O custo total dos estudos e de preparação para o começo das obras está estimado entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões”, completou Dourado.

Fonte: Agência Brasília

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Metrô DF tem novo sistema de manutenção

30/08/2011 - Revista Ferroviária

Está funcionando há dois meses o novo programa de gerenciamento de manutenção da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô DF).  O programa foi apresentado durante a 29ª reunião do Grupo Permanente de Autoajuda na Área de Manutenção Metroferroviária (GPAA), no início de agosto.

O antigo gerenciador não tinha algumas informações necessárias para o controle de manutenção do metrô, como campo para inserir número de série dos equipamentos, relação de frotas antigas e novas, entre outros. Para preencher as lacunas, o novo sistema foi desenvolvido pela Enge Companhy e está em teste.

O programa é utilizado no gerenciamento das manutenções corretiva e preventiva, através de ordens de serviços para controle das mesmas e apontamento do que foi executado.  O sistema inclui todos os processos de manutenção como programações de tarefas automatizadas, monitoramento de desgaste de materiais, ajustes e controles de equipamentos em diversos níveis. E contempla ainda o controle de almoxarifado, tanto de suas rotinas básicas como tarefas de oficinas e reparação externa.  As aplicações englobam as áreas de material rodante, sinalização, controle e telecomunicações, edificações, via permanente, energia, ventilação, contemplando também outros sistemas utilizados como elevadores e escadas rolantes.

Durante a reunião do GPAA também foi realizada uma vídeoconferência, com a participação do diretor de engenharia do Metrô de Lisboa, Francisco Cécio. O diretor do sistema português falou sobre os comitês técnicos da UITP, que reúnem representantes de boa parte dos países europeus e alguns de fora da Europa, como o Metrô de Hong Kong, e fazem reuniões ao longo do ano, sempre na sede de algum metrô europeu. Na conversa, Cécio convidou o GPAA para participar dos comitês da UITP, entendendo que o grupo é capaz de centralizar as informações da América Latina.

O GPAA existe há mais de 10 anos e tem como objetivo debater assuntos relacionados à manutenção metroferroviária. Durante os encontros, os participantes apresentam situações dos sistemas e realizam visitas técnicas para conhecer as estruturas dos sistemas brasileiros.

domingo, 18 de setembro de 2011

DF: Revitalização da W3 volta à discussão

18/09/2011 - Jornal de Brasília

Nesta semana a revitalização da W3 volta à discussão. Segundo o administrador regional de Brasília, Messias de Sousa, a chamada para a audiência pública será nos próximos dias. Após tentativas frustradas de resgatar a qualidade do espaço em governos passados, Messias está confiante de que a avenida seja revitalizada a partir de 2012. Na entrevista, ele também falou sobre temas polêmicos como a 901 Norte e o debate sobre o tombamento da capital. Para Messias, o tombamento deve ser respeitado, mas flexibilizado para que a cidade possa crescer. Crescimento, aliás, vinculado ao desenvolvimento do turismo, não só nas formas atuais, mas da “veia” cultural de Brasília, para que a cidade ganhe visitantes de final de semana, por exemplo. E neste processo o administrador aponta um debate importante para a população: uma redefinição dos limites de tolerância entre vizinhos.

Que grande mudança a população pode esperar para Brasília em 2012?

Por exemplo, a revitalização da avenida W3. E um projeto que está ligado à construção do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que se arrasta há anos e estava paralisado e que nós queremos implementá-lo. Nós vamos abrir agora a chamada pública para a audiência pública do projeto. O aviso deve ser publicado nesta semana. Então deveremos ter, provavelmente em novembro, a audiência pública. E aí vamos ouvir as opiniões da sociedade com uma proposta concreta, um projeto concreto. Que pode se transformar em projeto de lei. Em sendo aprovado poderá se refletir no orçamento de 2012.

Esse é um projeto antigo. Que garantias existem que dessa vez vai sair do papel?

Nunca houve a conclusão do processo legal. E agora nós estamos concluindo. Para haver intervenções na W3, tem que haver alterações do ponto de vista da sua destinação atual. Tem que haver mudanças no zoneamento. Isso significa ampliar as possibilidades de atividades econômicas na área ou de outras atividades importantes como as entidades culturais de entidades não-governamentais. Então, com isso, você já redireciona a avenida para uma nova vocação, que não seja aquele comércio clássico, em desuso de coisas antigas, de materias de construção. Há, hoje, grandes homecenters que atendem a isso. Revitalizar aquele espaço significa que ele deve ter uma destinação, mais no âmbito cultural, dos serviços, da gastronomia, escritórios.

O acesso da população se dará apenas pelo VLT? Ou já se está estudando novas possibilidades de estacionamento?

Por isso digo que o VLT está ligado ao processo. Se o VLT se concretiza será uma possibilidade de acesso moderna, rápida e eficaz de um transporte que não precisa necessariamente do carro. Mas também precisamos pensar nos estacionamentos no processo de revitalização. Precisa tanto dos estacionamentos nas entrequadras, como de estacionamentos na parte posterior. Por isso as novas atividades devem manter uma coerência com as possibilidades de estacionamento. Você tem algumas atividades que podem causar estresse desse ponto de vista, como cursos e cursinhos. A revitalização é esse repensar de atividades que sejam sustentáveis e que deem vitalidade com uma capacidade de compatível de estacionamento.

E quanto a vagas subterrâneas?

Há a possibilidade de estacionamentos subterrâneos em determinados espaços, que
deverão ser considerados. Agora, naturalmente, espaços que demandam obras privadas dependem da atração que os empreendedores sintam em função do mercado que se abre. É por isso que é muito importante a discussão do conjunto. Porque o empreendedor só ousará investir muito, por exemplo, em um estacionamento subterrâneo, se o ambiente tem realmente um tipo de revitalização e de uso que mantenha uma demanda que o sustente aquele tipo de investimento e atividade.

Hoje, a W3 sofre com a falta de cuidado e padronização...

Ao poder público caberá a padronização de acessos, sobretudo garantir a mobilidade e o acesso das pessoas. Significa que as calçadas têm que ser padronizadas e evitar os desníveis que fazem com que hoje as pessoas tenham que andar com muito cuidado. Há um problema com marquises, um problema de padrão estético. Tudo isso que ser padronizado. E a iluminação, também. Não é nada mirabolante. É o ajuste de várias situações.

Fonte: Jornal de Brasília (http://www.clicabrasilia.com.br/site/noticia.php?id=365089&)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011


Metrô-DF lança Cartão Flex

 

A partir desta segunda-feira, dia 5 de setembro, os usuários do Metrô-DF contarão com mais uma opção para facilitar o acesso ao sistema, evitar filas e agilizar o fluxo nas estações, principalmente, nos horários de pico. Os passageiros que costumam comprar cartões unitários poderão optar pelo Cartão Flex, que não exige cadastro prévio para a aquisição e permite a compra de valores em reais (R$) e a recarga ilimitada de créditos.

 

Entre as vantagens, com o novo cartão, cada acesso terá debitado exatamente o valor relativo ao preço do dia, observando as diferenças de tarifa de R$3 de segunda a sexta-feira, e R$2 aos finais de semana e feriados. Já os cartões unitários, que têm valor de um trecho apenas, quando comprados durante a semana, podem gerar prejuízos ao serem utilizados aos finais de semana, pela diferença entre o valor do dia do uso e o valor anteriormente pago.

 

Com o novo Cartão Flex, os créditos têm validade de 90 dias e podem ser utilizados a qualquer momento dentro desse prazo, com a garantia de que o valor debitado será sempre aquele correspondente à tarifa vigente na ocasião do uso. Para isso, o novo Cartão Flex não ficará retido no bloqueio, mas será levado pelo passageiro.

 

Vale lembrar que após o vencimento dos 90 dias, o Metrô não fará reembolso do saldo perdido. Para um maior controle e transparência, o saldo poderá ser consultado a qualquer momento, nas bilheterias e nos totens instalados em todas as estações.

 

Para atender aos usuários que utilizam o Metrô eventualmente, a Companhia manterá o Cartão Unitário, mas este passa a ter validade de apenas 3 dias após a compra. Outro detalhe importante sobre essa opção é que em virtude da tarifa diferenciada, os cartões unitários adquiridos aos sábados, domingos e feriados só poderão ser utilizados no dia da compra, sem direito a ressarcimento ou troca.

 

O Metrô-DF oferece também o Cartão Múltiplo, que proporciona ainda mais conforto e segurança. Essa opção, adquirida mediante cadastro prévio no site da Companhia (www.metro.df.gov.br), permite a inserção de créditos pela internet. E como os dados do Cartão Múltiplo ficam armazenados num sistema e não no próprio cartão, é possível recuperar o valor existente em caso de extravio.

 

Preços das tarifas para cada trecho dos cartões Unitário, Múltiplo e Flex

 

De segunda a sexta-feira: R$3

Sábados, domingos e feriados: R$2.

 

Coordenação de Comunicação Social

3353 7077

 

quarta-feira, 31 de agosto de 2011


 Notícias da Imprensa

« Voltar
Metrô DF tem 10% a mais de passageiros no último ano

31/08/2011 - G1

O Metrô-DF comprou nos últimos meses 12 novos trens, o que daria 30 vagões para atender o Distrito Federal. Mas, de acordo com a direção do Metrô, seis vagões antigos foram retirados de circulação, ficando apenas 24 estão rodando atualmente.

O número de passageiros cresceu quase 10% no último ano. Segundo o Metrô, passou de 22,6 milhões de janeiro a julho do ano passado para 24,7 milhões no mesmo período deste ano.

“Estamos melhorando os trens antigos. E a nossa expectativa é ir aumentando a quantidade de vagões gradativamente, na medida em que os trens forem incorporados na frota, ou seja, na medida necessária. Não adianta você colocar muitos trens e eles andarem vazio o tempo inteiro. Existe um estudo operacional que diz qual é a frota ideal que deve operar durante determinando momento”, explicou o diretor-presidente do Metrô-DF, David de Mattos.

E o número de trens não é o único problema. Quem usa o metrô reclama também da falta de infraestrutura nas estações, como a falta de banheiros públicos.

“Não tem nenhum banheiro nas estações. Essa é uma grande falha”, reclamou a professora Ilza Santos.

Em algumas estações, escadas rolantes e elevadores não funcionam. Na 108 Sul, as pessoas têm que descer caminhando. Na 112 Sul, a escada está parada e o elevador ao lado, interditado.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metroviários diz que também faltam funcionários.

“Faltam funcionários, falta treinamento e ainda falta equipamento para os seguranças estarem atuando. Na Estação Central, tem dois ou três seguranças para estarem atuando e o fluxo de usuário é muito grande. Nas estações menores, como Furnas e Concessionárias não tem segurança atuando”, disse o diretor conselheiros do Sindimetrô, Leandro Martins.
A direção do Metrô-DF informou que o número de funcionários é suficiente. E, em breve, será aberto um concurso.

Sobre os problemas nos elevadores e nas escadas das novas estações, a direção explicou que vai abrir licitação para contratar uma empresa para fazer a manutenção.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Metrô DF prorroga prazo para entrega de propostas

17/08/2011 - Revista Ferroviária

Foi prorrogado para 10 de outubro o prazo para entrega das propostas referentes ao processo licitatório que visa o projeto de expansão do Metrô do Distrito Federal. A concorrência é para a contratação de serviços técnicos especializados para a revisão do projeto funcional-operacional e para elaboração dos projetos básico e executivo das obras civis e dos sistemas fixos para a expansão do metrô.

O adiamento ocorreu devido a alterações feitas no termo de referência. No projeto estão incluídas a construção de cinco novas estações nos bairros de Ceilândia, Samambaia e Asa Norte, além a modernização da via.

O edital custa R$ 25,00 e pode ser retirado na divisão de aquisição – complexo administrativo e operacional do Metrô DF, na Avenida Jequitibá, 155, Águas Claras, Brasília –DF. Outras informações podem ser adquiridas através dos telefones (61) 3353-7158 e (61) 33537146.

domingo, 24 de julho de 2011

AVISO DE LICITAÇÃO
PREGÃO PRESENCIAL Nº 01/2011.

A COMPANHIA DO METROPOLITANO DO DISTRITO FEDERAL, por meio da Pregoeira, torna pública a realização de Licitação na modalidade Pregão Presencial, para a prestação de Serviços Topográficos para Levantamento Planialtimétrico Cadastral e Geofísico, com Radar de Penetração – GPR (Ground Penetrating Radar), como subsídio à elaboração de Projetos de Engenharia da Expansão Asa Norte, Samambaia e Ceilândia do METRÔ-DF. O Edital e seus Anexos encontram-se à disposição dos interessados no site www.metro.df.gov. br e no Edifício Sede do Complexo Administrativo e Operacional do METRÔ-DF, localizado na Avenida Jequitibá, nº 155, Águas Claras – DF, das 8 às 12 horas e das 14 às 17 horas. A sessão pública para recebimento e abertura das propostas e documentação dar-se-á no dia

10 de junho de 2011, às 9:30 horas, no local acima indicado. Maiores informações através
dos telefones (61)3353-7155 e (61)3353-7146.

Fonte: DODF Nº 100, quinta-feira, 26 de maio de 2011

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Vistorias no metrô seguem cumprindo o cronograma

02/06/2011 - Correio Braziliense


A manutenção nas vias do Metrô-DF segue a programação normal. Denominada "de grande porte" pela companhia, a operação inciada há duas semanas faz os trabalhos de socaria (nivelamento e alinhamento dos trilhos) e esmerilhamento (correção de quaisquer imperfeições). De acordo com a assessoria do Metrô, as vistorias são feitas diriamente, mas, com essas máquinas, é a primeira vez desde a abertura, há 12 anos.

Em média, 160 mil pessoas utilizam o metrô diariamente (dias úteis) e 50 mil durante os fins de semana (sábados e domingos). Os usuários que se locomovem de segunda a sábado não ficarão prejudicados, pois os trabalhos são feitos de 1h às 5h. No entanto, nos domingos do mês de junho o metrô não funcionará, para "adiantar o processo", segundo a companhia.

A manutenção custará cerca de R$ 4 milhões aos cofres do governo e tem prazo máximo de quatro meses para ser finalizada. Segundo o Metrô-DF, o maior problema era percebido próximo a estação Ceilândia Norte, após um trem descarrilar no ano passado. De acordo com a assessoria, os vagões perdiam velocidade no local e este problema será resolvido nesta manutenção.

Não há previsão para uma próxima vistoria semelhante a que está sendo realizada, mas o Metrô garante que não irá esperar novamente 12 anos para fazê-la. A manutenção está prevista no contrato assinado com o consórcio responsável. Finalizada a operação, a companhia garante que o número de trens em circulação poderá aumentar.

A princípio, a operação deve terminar em agosto, mas pode ser finalizada antes deste prazo. No total 85 quilômetros de trilhos estão passando por manutenção

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Mulher responsável pela bilhetagem do Metrô é presa por desviar R$ 50 mil

31/05/2011 - Correio Braziliense 


Uma mulher foi presa em flagrante durante a madrugada desta quarta-feira (1º/6) acusada de desviar cerca de R$ 50 mil da empresa Tacom - terceirizada responsável pela bilhetagem do metrô no Distrito Federal. De acordo com o delegado adjunto Leandro Giordani Ritt, da Delegacia de Repressão a Furtos (DRF), Arlene Gomes de Morais, 31 anos, desviava o dinheiro há mais de três meses, mas por uma falha da empresa o furto demorou a ser detectado.

“Ao fechar o caixa, Arlene contava todo o dinheiro e preenchia uma guia, que deveria ser anexada ao malote. No entanto, ela preenchia a guia com um valor e depositava no malote outro, inferior ao descrito”, disse o delegado. Ainda segundo Leandro Giordani, a delegacia foi acionada pelo Grupo Protege, responsável pelo transporte dos valores do metrô. "A falha acontecia porque o dinheiro só era conferido pela empresa cerca de dois dias após o recolhimento", completou.

O delegado afirmou que a prisão não aconteceu antes porque Arlene estava de atestado médico e retornou ao trabalho apenas no dia do flagrante, na terça (31/5). De todo o montante furtado, a polícia conseguiu recuperar R$ 4 mil, que seriam levados pela mulher no mesmo dia. Pouco mais de R$ 2 mil foi encontrados na casa da mulher e há uma quantia, ainda não estipulada, na conta do marido de Arlene, que será bloqueada.

A mulher foi indiciada por furto qualificado e presa em flagrante por abuso de confiança, de acordo com o delegado. Já o marido foi indiciado por receptação. Leandro Giordani ainda ressalta que Arlene utilizou parte do dinheiro roubado para reformar a casa, comprar móveis e pagar contas.

Metrô

Segundo o diretor financeiro e comercial do Metrô, Nilson Martorelli, a responsabilidade pelo rombo causado é da empresa Tacom. "A empresa é responsável por toda parte de venda de bilhetes e arrecadação [financeira], que deve ser repassada ao Metrô. Se ao final do mês há alguma diferença entre esses valores arrecadados, o dinheiro é abatido e quem paga é a Tacom", afirmou Martorelli.

O diretor ressalta que o sistema de arrecadação montado no Metrô está seguro e que há formas de detectar estes tipos de furtos. Ainda de acordo com Martorelli, a direção da empresa teve conhecimento da prisão de Arlene apenas na manhã desta quarta-feira (1º/6).

Tacom

O advogado da Tacom, Guilherme Andere, afirma que "havia uma percepção, pelos controles da empresa, de que estaria acontecendo um desvio de dinheiro". A partir deste momento, a polícia foi acionada. O advogado espera o final do inquérito policial para verificar se havia outras pessoas participando do desvio.

Andere confirmou que a responsabilidade, caso haja diferença nos valores arrecadados, é da Tacom. "Inclusive, isso está previsto no contrato", disse.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Codeplan emite parecer para assumir direção do Metrô

 04/05/2011 - Jornal de Brasília, Valtemir Rodrigues

ACompanhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) emitiu parecer contrário à Parceria Público-Privada (PPP) para transferência da direção da Companhia do Metropolitano do DF, que gerencia o Metrô, à iniciativa privada. Em análise, os técnicos chegaram a conclusão de que este não é um caminho vantajoso ao governo do ponto de vista financeiro já que o volume de investimentos e as contrapartidas apresentadas podem ser absorvidos pela companhia. A conclusão foi encaminhada à Secretaria de Transportes e ao Metrô para avaliação.

De acordo com o diretor de Parcerias e Projetos da Codeplan, Manoel Tavares, a parceria traz como proposta a criação de estacionamentos, pontos de ônibus nas proximidades das estações do Metrô para facilitar a integração e ainda a aquisição de novos trens. “Entendemos que a PPP deve ser utilizada quando o Estado não dá conta de executar seus projetos sozinho. Mas não é esse o caso”, explica.

Leia mais na edição desta quarta-feira (04) no Jornal de Brasília.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Irga entrega trens do metrô de Brasília

02/05/2011 - Canal do Transporte

A Irga, especializada em transporte rodoviário de cargas superpesadas e superdimensionadas, informa que concluiu o transporte de 48 trens de metrô entre São Paulo e Brasília (DF). A operação, realizada pela empresa para a Alstom, teve duração aproximada de oito meses.

Operação - Cada um desses trens, segundo a Irga, tem peso aproximado de 42 toneladas. De acordo com a empresa, o transporte dos 48 trens foi feito em comboio de quatro equipamentos por etapa, partindo da sede da Alstom na capital paulista, depois passando por Ribeirão Preto, Uberaba, Uberlândia, Catalão, Cristalina e, por fim, Brasília, onde eram descarregados com o uso de pórtico hidráulico.

Conforme o gerente operacional de transportes da Irga, Acácio Barboza, as maiores dificuldades para a concretização da operação foram identificadas na saída dos conjuntos da sede da Alstom em São Paulo. “Devido à localização da empresa e às características dos conjuntos carregados, estes só podiam sair da Alstom no período noturno com o apoio do CET-SP.

Quando as condições climáticas não eram favoráveis (chuvas), a operação era suspensa causando a postergação na entrega da carga no destino e atraso no cronograma de transporte”, explica.

Irga entrega trens do metrô de Brasília

02/05/2011 - Canal do Transporte

A Irga, especializada em transporte rodoviário de cargas superpesadas e superdimensionadas, informa que concluiu o transporte de 48 trens de metrô entre São Paulo e Brasília (DF). A operação, realizada pela empresa para a Alstom, teve duração aproximada de oito meses.

Operação - Cada um desses trens, segundo a Irga, tem peso aproximado de 42 toneladas. De acordo com a empresa, o transporte dos 48 trens foi feito em comboio de quatro equipamentos por etapa, partindo da sede da Alstom na capital paulista, depois passando por Ribeirão Preto, Uberaba, Uberlândia, Catalão, Cristalina e, por fim, Brasília, onde eram descarregados com o uso de pórtico hidráulico.

Conforme o gerente operacional de transportes da Irga, Acácio Barboza, as maiores dificuldades para a concretização da operação foram identificadas na saída dos conjuntos da sede da Alstom em São Paulo. “Devido à localização da empresa e às características dos conjuntos carregados, estes só podiam sair da Alstom no período noturno com o apoio do CET-SP.

Quando as condições climáticas não eram favoráveis (chuvas), a operação era suspensa causando a postergação na entrega da carga no destino e atraso no cronograma de transporte”, explica.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Incidente no Metro

19/04/2011 - Metro DF

Nota à Imprensa

No último sábado, dia 16.04, registrou-se a partir da comunicação de um usuário do metrô, a existência de uma pessoa armada e, aparentemente, embriagada no carro 2 ou 3 do trem 28, na estação 114 sul do Metrô - DF.

Diante desta informação, o Centro de Controle Operacional acionou o Corpo de Segurança Operacional das estações seguintes deixando-os em alerta e pedindo reforço da Policia Militar para auxiliar na verificação da ocorrência.

O suspeito foi localizado e reagiu à abordagem dos seguranças, ameaçando atirar. Diante da ameaça e da possibilidade real de um incidente mais grave, os seguranças preferiram agir com cautela. O suspeito aproveitou a parada do trem na estação Metropolitano para fugir do local.

O episódio não foi registrado pelas câmeras do circuito fechado de TV do Metrô.
Nunca houve câmeras instaladas dentro dos vagões. O Circuito Fechado de TV do Metrô foi contratado em 2009 e tem como objetivo principal o acompanhamento de fluxo de usuários nas estações. Isso permite a ação rápida para a resolução de eventuais problemas operacionais. A gravação de imagens, entretanto, não é uma rotina deste sistema.
A atual gestão do Metrô DF, consciente da existência de novas tecnologias, já determinou a realização de estudos para a modernização do equipamento, incluindo a gravação sistemática do fluxo de passageiros.

Ass. De Comunicação do Metrô - DF

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Governo suspende contrato com Brasmetrô após suspeita de superfaturamento

06/04/2011 - Correio Braziliense, Noelle Oliveira, Juliana Boechat

A Secretaria de Transporte anunciou nesta quarta-feira (6/4), a suspensão do contrato com o Consórcio Brasmetrô, que foi responsabvel pelas obras e manutenção no metrô por quase 20 anos. A partir de agora, as obras para expansão do meio de transporte terão de ser licitadas. A decisão foi tomada após um relatório do Tribunal de Contas do DF apontar indícios de superfaturamento desde o início da construção do metrô, em 1992. A suspensão também foi recomendada pela Corregeoria-Geral do DF.

Entre as novas obras que terão de ser licitadas estão a de expansão, que prevê a construção de cinco novas estações, duas em samambaia, duas em ceilandia, e uma na assa norte.

Procurado pela reportagem do Correio Braziliense, o Metrô-DF afirmou que só vai se manifestar após notificação.

Superfaturamento

Há suspeita de superfaturamento de quase R$ 100 milhões nas obras e nos serviços de manutenção. O Tribunal encontrou indícios de gastos abusivos nas obras do trecho de Taguatinga-Ceilândia, com pagamento de R$ 11,7 milhões a mais, e nas estações 102 sul, 112 sul e Guará, de R$ 14,2 mulhões.

Saiba mais...

Tribunal de Contas do DF investiga suspeita de superfaturamento no Metrô

A maior parte dos gastos que extrapolam os valores previstos foi constatada nos serviços de manutenção e apoio ao sistema metroviário, que somam R$ 85,4 milhões. O Consórcio Brasmetrô recebeu quase R$ 5 bilhões pelo contrato e já utilizou  R$ 4.768 bilhões, mas das 29 estações previstas no projeto original, quatro ainda nao foram entregues : PP2 (EQS 104/105), PP3 (EQS 106/107), PP5 (EQS 110/111) e Onoyama (Taguatinga).

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Superfaturamento do metrô DF pode passar dos R$ 100 milhões

06/04/2011 - MaisComunidade.com

A comissão de fiscalização de obras e serviços de engenharia do Tribunal de Contas fez um pente fino em tudo o que já foi gasto com a implantação do sistema do metrô, desde 1992 até o ano passado. Em obras recentes e contratos de manutenção, os inspetores apontaram indícios de gastos muito acima dos valores médios de mercado.

De acordo com o relatório, as obras custaram quase R$ 5 bilhões em valores atualizados. O documento revela que no trecho Taguatinga - Ceilândia, fiscalizado pela Controladoria-Geral União, teria havido um superfaturamento de R$ 11,7 milhões.

De acordo com a análise dos inspetores, as obras das estações da 102 Sul, 112 Sul e Guará, apresentaram evidências de superfaturamento de R$ 14,2 milhões. Além disso, o Tribunal de Contas também investigou os valores gastos com serviços de manutenção e apoio à operação do metrô a partir de 2001. Resultado: superfaturamento que chegou a R$ 85,4 milhões.

A assessoria do metrô informou que ainda não recebeu o relatório do Tribunal de Contas e só vai se manifestar quando tiver em mãos o documento oficial.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Cartoes antigos nao serao mais aceitos

05/04/2011 - Metro DF

Medida é válida a partir de 1° de maio
 
O novo sistema de bilhetagem do Metrô-DF estará totalmente implantado a partir do dia 1° de maio. A partir dessa data, nenhum cartão antigo será aceito. Os novos cartões diminuem o tempo nas filas, disponibilizam novos locais para aquisição de viagens e garantem a integração com outros modais de transportes (ônibus, VLP e VLT).

O Metrô-DF vem implantando o sistema desde o começo do ano. Em fevereiro, começou a distribuição dos novos cartões para estudantes em seis estações – Galeria, Águas Claras, Guará, Terminal Ceilândia, Ceilândia Centro e Terminal Samambaia. O problema é que muitos estudantes ainda não providenciaram a troca e o prazo final para recadastramento para quem não deseja enfrentar filas mais tarde, é no dia 22 de abril. “A partir daí”, informa o Chefe do Departamento Financeiro e Comercial do Metrô-DF, Paulo Eduardo Medeiros de Moura, “o sistema não vai mais reconhecer os cartões antigos. Com isso, quem ainda não providenciou o seu, poderá enfrentar filas para fazer a troca.”

Para fazer o cadastramento, é necessário que o interessado – tanto do cartão do estudante quanto do cartão múltiplo – acesse o site do Metrô-DF, no endereço www.metro.df.gov.br e clique no selo do cartão correspondente a seu caso, localizado à direita da página. A partir daí, basta seguir as instruções. Um horário será agendado para o usuário comparecer a uma das estações do metrô. Tanto o cartão do estudante, como o cartão do idoso e o de gratuidade conterão foto para melhor identificação.

Informações ou dúvidas: Central de Atendimento ao Usuário do Metrô-DF, no telefone 3353-7373 ou pelo e-mail atendimentoao usuario@metro.df.gov.br.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Brasilienses precisam enfrentar diariamente um metrô lento, caro e inseguro

26/12/2010 - Correio Braziliense - Renato Alves

Sem integração com ônibus em metade das estações e com equipamentos obsoletos, o serviço dá prejuízo mensal de R$ 7,5 milhões. Medidas que poderiam minimizar o deficit, como o aluguel de lojas e de espaços publicitários, não saem do papel

Há 18 anos em construção, o metrô do Distrito Federal está longe de atender as necessidades dos usuários. Faltam estações, segurança, conforto e sobram problemas operacionais. As viagens estão cada vez mais demoradas, devido às constantes paralisações ao longo do percurso. A dependência do governo ainda é grande. O GDF arca com metade dos custos do transporte. Para os trens rodarem, são repassados R$ 7,5 milhões mensais à estatal administradora do serviço. Iniciativas simples que poderiam diminuir esse deficit, como aluguel de lojas e espaços para publicidade, não saem do papel.

A construção do metrô começou em 1992, com a promessa de a primeira viagem ocorrer dois anos depois. Mas a operação teve início somente em 2001, de forma precária. Desde então, a empreitada consumiu mais de R$ 2 bilhões dos cofres públicos, sem previsão de ser entregue à população conforme o projeto original. Das 29 estações planejadas para a Linha 1, composta pelas linhas verde (Ceilândia) e laranja (Samambaia), 24 estão em funcionamento. Nas outras cinco, as obras nem começaram. Existe ainda a proposta de expansão na Asa Norte, com oito estações, mas nem sequer existe um projeto de engenharia para tal.

Em quase todo o mundo, os metrôs operam no vermelho. Mas, em Brasília, o rombo é maior do que em outras cidades brasileiras. Enquanto na capital do país o governo banca 50% dos custos, em outras metrópoles, como Rio de Janeiro e São Paulo, a participação do Estado fica entre 10% e 20%, respectivamente. Para piorar, o do DF não fatura com o aluguel de lojas nas estações e a publicidade em trens, vias e paradas. Em São Paulo, por exemplo, a receita não tarifária do metrô, que inclui exploração comercial das estações, subiu 44,8% em três anos. Em 2010, essa renda deve ultrapassar R$ 130 milhões.

A integração com os ônibus também poderia aumentar a arrecadação do metrô brasiliense, pois levaria mais passageiros aos trens. Mas só em 13 das 24 estações é possível comprar o bilhete único, que permite o usuário complementar a viagem usando linhas de ônibus e micro-ônibus, por meio do Sistema Fácil. Com isso, muita gente prefere andar de carro. “Moro há 4km de uma estação do metrô, não tem ônibus para me levar até lá. Também não existe a integração onde desço para o trabalho, com isso, preciso caminhar por mais 20 a 30 minutos. Sempre que posso, vou e volto em meu carro, é mais rápido e confortável”, conta o comerciário Rogério Diniz, 26 anos, morador de Samambaia e funcionário de uma drogaria da Asa Sul.

Irregularidades
Somente na metade de 2010, nove anos após começar a transportar passageiros, a direção da companhia administradora do metrô criou medidas para faturar com propaganda. No entanto, ela esbarra na própria burocracia e apresenta licitações com suspeitas de irregularidades. Dois editais de exploração publicitária lançados nos últimos dois meses estão na mira do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). O órgão mandou corrigir itens referentes ao prazo de contratação. O metrô prometeu fazer as alterações conforme as recomendações e a previsão é relançar as concorrências no início de 2011.

Antes desses dois editais, destinados à exploração de publicidade no interior dos trens, nas paredes e escadas das estações, o metrô licitou e contratou uma empresa para cuidar da propaganda por meio de monitores a serem instalados nos pontos de espera e nos vagões. Pelo contrato, todas as paradas e os trens terão telas de LCD com programação de TV e comerciais, além de mensagens com instruções de segurança e postura no metrô. O sistema está em fase de instalação (lançamento de cabos, fibra ótica et.c), mas as TVs estarão funcionando somente em julho, se a nova administração não mudar os planos.

Ainda está em processo de licitação a locação de espaços para máquinas de autoatendimento bancário. As propostas estão na etapa de análise. O aluguel ocorrerá ao fim da concorrência, o que também ficou para ser decidido pelo governo que assume o DF em 1º de janeiro. Já a locação das lojas está ainda mais indefinida. Só poderá ocorrer após o a regularização dos lotes, assunto tratado por uma comissão formada pelo Metrô-DF, Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) e pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduma). A assessoria do metrô não informou quanto a companhia receberá pela exploração da publicidade nos trens e nos prédios.

Superfaturamento
Além dos prejuízos e da demora em criar medidas para diminuí-lo, o metrô de Brasília acumula denúncias de desvio de dinheiro público em sua construção. A mais recente, divulgada este ano, partiu da Controladoria-Geral da União (CGU). Auditoria do órgão ligado à Presidência da República mostrou que de R$ 40 milhões repassados pelo governo federal, R$ 11 milhões teriam sido gastos de forma ilegal nas construções de quatro estações em Ceilândia. Os auditores apontaram sobrepreço, pagamento de valor acima do normal por um produto ou serviço.

Entre outras coisas, o metrô do DF pagou cinco horas de trabalho para um pedreiro assentar um metro quadrado de granito. De acordo com a CGU, 10 vezes mais que o previsto na tabela da Caixa Econômica Federal e 17 vezes mais horas do que é pago pela prefeitura de São Paulo. Na investigação, os técnicos da CGU constataram que quanto maior era a espessura do granito, mais horas eram pagas pelo serviço.

Os auditores da Controladoria-Geral da União também identificaram um gasto com encargos sociais 43% acima do estimado. Para inflacionar essa conta, a direção do metrô pagou adicional noturno e de fim de semana aos funcionários e alterou o valor dos produtos usados na obra. Um tijolo usado durante a semana custava um preço e na madrugada, sábado ou domingo, tinha outro valor. Nenhum diretor do metrô quis dar entrevista sobre essa e outras falhas da companhia.

EXPANSÃO NO PAPEL
» Um projeto do GDF prevê a expansão do metrô em direção à Asa Norte, com a construção de uma estação no Setor Bancário Norte, além de outras duas em Samambaia e duas em Ceilândia. Ao todo, são 6,7km (1km na Asa Norte, 2km em Ceilândia, 3,7km em Samambaia).

MEMÓRIA
Exemplo vem de Curitiba
Em meados dos anos 1970, Curitiba precisava reformular o sistema de transporte coletivo. A capital paranaense investiu na construção de corredores em concreto exclusivos para ônibus articulados (bem maiores que os tradicionais), com estações-tubo, onde o usuário paga a passagem antes de embarcar. O projeto, que começou a ser executado em 1974, custou 17% menos do que estava estimado para a construção do metrô na cidade.

A solução simples e de fácil assimilação tornou o sistema sucesso imediato. Hoje, não dá prejuízo para ninguém. Curitiba virou modelo em transporte público e o projeto acabou copiado por 83 cidades estrangeiras, sendo 18 norte-americanas.

Em Curitiba, os ônibus circulam em pista exclusiva, separada por barreiras de concreto. Com uma passagem, é possível circular por toda a cidade. Os usuários embarcam em plataformas do mesmo nível dos veículos que passam a cada minuto. Freqüência melhor do que a de muitos metrôs. Em Brasília, por exemplo, os intervalos entre um trem e outro variam de cinco minutos e meio a 14 minutos, dependendo da estação e do horário.


Bicicleta e carona fazem a integração
Quando se fala em transporte de massa, se pensa em locais de grande movimento. Mas o metrô do Distrito Federal foge à regra. Boa parte das 24 estações em operação fica em local ermo, sem iluminação e segurança. Para piorar, a maioria dos 150 mil usuários do sistema não conta com a integração com os ônibus. O jeito é caminhar ou, para quem mora longe das paradas, usar carro, moto e até bicicleta para chegar ao trem.

As fachadas das estações de Ceilândia e de Samambaia, por exemplo, passam o dia tomadas por bicicletas atracadas aos corrimões das rampas de acesso. Elas são deixadas pelos donos no começo da manhã, na ida ao trabalho ou à escola. Os cadeados são destrancados na hora do almoço ou no fim do dia, quando os trabalhadores e estudantes voltam para casa. Mas o que pode ser considerada uma saudável atividade física, virou um tormento para muitos ciclistas, por causa dos furtos.

O gari Eliseu Rufino da Costa, 45 anos, perdeu duas bicicletas somente este ano. Ambas furtadas na Estação Samambaia, enquanto ele trabalhava no Plano Piloto. O prejuízo de R$ 1 mil equivale ao valor do salário dele. Após o segundo caso, Eliseu decidiu levar a bicicleta nas viagens do metrô. A companhia permite apenas cinco veículos desse no último vagão do comboio. “Na hora de ir pro trabalho (7h), tem muita gente. Por isso, espero até quatro viagens para arrumar uma vaga para a minha bicicleta”, conta o gari.

A falta de segurança próximo às estações atrasa a vida da estudante de direito Danielle Moreira Clarindo, 18 anos. Para evitar os ladrões que rondam a isolada Estação Samambaia, ela espera carona para levá-la ou buscá-la no terminal. “Tenho que fazer isso mesmo de dia, pois conheço muita gente que foi roubada lá”, ressalta a jovem moradora de Samambaia, que estuda na Universidade Católica, em Taguatinga, e faz estágio na Asa Sul.

Interrupções
Além da ausência do sistema integrado e da insegurança, Danielle tem uma queixa comum entre os usuários do metrô, a falta de infraestrutura nas estações. Nenhum dos terminais possui banheiro público, bebedouro ou lanchonete. Outros oito ainda não contam com escadas rolantes. Lugar para se sentar se resume a, no máximo, oito cadeiras por estação. Nada disso faria tanta falta se o metrô brasiliense passasse em intervalos curtos entre um e outro trem, como em São Paulo, onde esse tempo chega a menos de dois minutos.

A espera no metrô do DF, que antes era de 10 minutos, em média, hoje chega a 25 minutos. Tudo por causa das constantes interrupções da viagem. “O metrô de Brasília é um dos mais lentos do mundo. Ele tem apresentado cada vez mais falhas e é comum o ar-condicionado dos vagões pifar”, reclama o estudante de filosofia Andrez Lopes Leal, 33 anos, que vai de trem entre a casa, em Ceilândia, e o Plano Piloto. “Ainda tenho que pegar um ônibus até a UnB (Universidade de Brasília), onde estudo”, lembra, já que o metrô não chega à Asa Norte.

Desenvolvida pela estatal brasileira Marfesa — hoje pertence à francesa Alstom, responsável pela construção de trens no Brasil —, a tecnologia usada nos trens do DF está ultrapassada. O primeiro vagão chegou à capital federal em 23 de março de 1994, quando deveria ter sido concluída a obra da linha metroviária. Porém, com o atraso nos trabalhos, os usuários de transporte público só puderam usufruir do sistema a partir de 2001.

Antes, o vagão era usado no metrô de São Paulo, que, à época, decidiu modernizar o seu sistema. Dessa forma, o veículo já chegou a Brasília defasado. Os trens daqui, por exemplo, não têm sistema computadorizado para dar avisos aos passageiros, como ocorre nas grandes capitais. Com tecnologia desenvolvida nos anos 1980, é difícil até mesmo encontrar peças em casos de pane. Com manutenção frequente, os trens deveriam durar de 80 a 100 anos.

Paralisação total
Qualquer problema de gestão ou falta de manutenção influencia diretamente a rotina dos usuários. Só nos primeiros quatro meses deste ano, os passageiros enfrentaram 12 dias de paralisação quase total dos serviços do metrô e passaram pelo susto do descarrilamento de um vagão, em Ceilândia. “O certo seria um trem ficar parado por dois a três meses para manutenção, mas isso não ocorre, porque há poucos trens e a demanda é crescente”, denuncia o diretor de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Metroviários (SindMetrô), Anderson Ferreira.

A assessoria do metrô garante que há manutenção adequada. Ressalta que, em 2009, a companhia comprou 12 trens (48 vagões) para ampliar a frota dos atuais 20 trens (80 vagões) para 32 trens (128). Do total, foram entregues nove novos trens, dos quais seis estão em operação. Os demais estão na fase de testes de segurança. O investimento, que inclui, além dos trens, a modernização do sistema e de peças sobressalentes, foi de R$ 325 milhões, dos quais R$ 260 milhões financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Mais caro

O metrô começou a funcionar em 2001, com 11 estações. O preço inicial do bilhete era R$ 1. Naquele período, a demanda pelo serviço era de 6 milhões de passageiros por ano. Hoje, é de 32 milhões. O número de estações passou para 24 e o preço dos bilhetes subiu para R$ 3 durante a semana e R$ 2 nos sábados e domingos. O número de trens em operação passou de 14, em 2006, para 18 em 2010.

Em instalação
A companhia responsável pelos trens reconhece a falha. Para resolver o problema, comprou escadas rolantes para as oito estações, a um custo de R$ 7 milhões. No entanto, ninguém sabe informar quando exatamente elas começam a funcionar.

http://www.correiobraziliense.com.br...inseguro.shtml

Trem do metrô é retirado de operação após apresentar problema no freio

04/01/2011 - Correio Braziliense

Um trem da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) que seguia para a Estação Central (Rodoviária) apresentou problemas por volta das 7h15 desta manhã de quarta-feira (5/1). O vagão estava na altura da Praça do Relógio, em Taguatinga, quando teve um problema no freio. De acordo com a assessoria de imprensa do Metrô, o trem já seguiu para a manutenção.

Assim que o trem apresentou o problema, os passageiros precisaram descer. Segundo o órgão, não houve um grande transtorno aos usuários porque um outro vagão, que seguia no mesmo sentido, passou logo em seguida. Por conta da pane, apenas 19 trens operam nesta quarta. O metrô informou que nenhum novo vagão foi colocado para substituir o que está em manutenção. Diariamente, 160 mil pessoas utilizam os serviços do metrô.