sábado, 27 de março de 2010

Cada vez mais usado


26/03/2010 - Jornal de Brasília

O metrô conquistou, em cerca de dez anos, grande importância no sistema de transporte público do Distrito Federal. A greve realizada pelos metroviários acabou mostrando como os brasilienses se tornaram dependentes do serviço, que atende, diariamente, cerca de 150 mil pessoas. A estrutura é grande. São 23 estações e 20 trens que funcionam graças ao trabalho de 1.100 funcionários. Mas há quem reivindique maiores investimentos, inclusive com a aquisição de novas composições para evitar a superlotação nos horários de pico.

A direção do Metrô-DF promete melhorias e afirma que o sistema está em expansão. Para o próximo mês, por exemplo, está prevista a inauguração da Estação Guará, que deverá atender os moradores do Guará I e II e da Colônia Agrícola Águas Claras. Atualmente, os técnicos da Companhia trabalham nos projetos de complementação do traçado inicial da linha, incrementando o trecho de Ceilândia com duas estações e o de Samambaia com mais duas estações. Além disso, o transporte finalmente chegará à Asa Norte. A meta é entregar a primeira estação em 2010, localizada nas proximidades do Setor Comercial Norte. A obra está orçada em R$ 30 milhões, com previsão de conclusão para março de 2010. A construção está numa fase inicial, de escavação e fundação, segundo a direção da empresa, a mais lenta, em função da complexidade de se construir uma estação totalmente subterrânea em um ponto onde a linha do metrô opera normalmente. Por isso, 25% da obra foi realizada até o momento. O projeto original prevê 29 estações no DF. A extensão da linha metroviária atual é de 42,38 Km.

NOVOS TRENS

Para dar mais conforto aos usuários, a Companhia trabalha na compra de 12 novos trens, com quatro carros cada. Mas, apesar da importância e planos de crescimento, o sistema enfrenta algumas dificuldades. Quem garante é o chefe de estação Alessandro Araújo da Silva. Segundo ele, o problema passa inclusive pelos trens. Das 20 composições, uma está sucateada e três apresentam defeitos constantes. "Três rodam com todos os problemas possíveis, mas isso só ocorre quando alguma das outras unidades quebra. Eles ficam posicionados estrategicamente para repor ou puxar algum trem quebrado", explica.

O coordenador geral do Sindicato dos Metroviários, Solano Teodoro da Trindade, afirma que faltam funcionários. Segundo ele, pelo menos 300 novos servidores deveriam ser contratados. Teodoro reclama também da terceirização dos serviços de manutenção e bilheteria. "O trabalho é ruim porque muitas vezes eles dizem que arrumam o trem e, na verdade, não fazem nada", critica. Atualmente, a vigilância patrimonial, os serviços de limpeza, parte da manutenção e o comércio de crédito estão a cargo de uma empresa privada contratada, sendo que a bilheteria foi terceirizada ainda neste mês.

A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal, no entanto, contesta as informações e afirma que o sindicato não teria provas estatísticas de que as firmas contratadas não estariam prestando bons serviços. Sobre a terceirização do comércio de crédito, afirma que foi uma maneira de modernizar o sistema. E que o processo foi feito por meio de uma licitação onde a empresa contratada assinou um documento para prestação de serviços por 24 meses, de modo a melhorar e mudar as tecnologias. Ainda segundo a direção da Companhia, em seis meses o novo sistema de bilheteria deverá estar completamente instalado. Uma das novidades será a venda de bilhetes dentro e fora da estação, por meio de pontos de vendas e pela internet.

http://www.st.df.gov.br/

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