quarta-feira, 24 de junho de 2015

Metrô estuda fazer PPP para estações Onoyama e Estrada Parque

22/06/2015 - Fato Online

O Metrô-DF pensa em fazer uma parceria público-privada (PPP) para finalizar as estações Onoyama, em Taguatinga, e Estrada Parque, em Águas Claras. 

As duas estações foram construídas e entregues junto com a obra inicial do Metrô, mas não entraram em funcionamento em razão da baixa demanda, na época. 

Segundo o Metrô, ainda falta fazer o acabamento das duas estações e adaptações gerais. Mas como não há recursos no PAC Mobilidade destinados a elas, o objetivo da empresa é fazer uma PPP. 

Atualmente, o Metrô está realizando estudos para definir as diretrizes da parceria e não há previsão para conclusão, nem de quando elas entrariam em funcionamento.

Fonte: Fato Online
Publicada em:: 22/06/2015

terça-feira, 16 de junho de 2015

Governador pede pressa na construção do metrô na Asa Norte

15/06/2015 - Fato Online

Em meio a tantos imbróglios políticos e financeiros, levar o metrô até a Asa Norte virou prioridade para o governo do Distrito Federal. O próprio chefe do Executivo, Rodrigo Rollemberg (PSB), tem encabeçado a cobrança pelo "máximo de agilidade possível" nesse processo. 

Diante da sensação de que o governo ainda não engatou, fazer os trilhos chegarem ao lado norte da Capital Federal, concretizando uma das principais promessas de campanha, está sendo encarado como a grande aposta nesta virada de semestre. 

Ao Fato Online, o presidente do Metrô-DF, Marcelo Dourado, garantiu que "não vai demorar muito" para a população da Asa Norte receber o que define como "excelente notícia". "A população pode confiar: teremos novidades muito em breve", disse. 

Edital nas próximas semanas 

A primeira estação na Asa Norte será construída na altura da Galeria do Trabalhador e próximo ao Hran (Hospital Regional da Asa Norte). O edital deve ser lançado nas próximas semanas, reforça Dourado, e a assinatura da ordem de serviço para início das obras está prevista para o ano que vem, seguindo os trâmites burocráticos da Lei de Licitações. 

A etapa inicial do metrô na Asa Norte custará cerca de R$ 70 milhões e ficará concluída, se tudo caminhar bem, em três anos. "Os trilhos vão chegar à Asa Norte ainda neste governo. O projeto vai sair, finalmente vai sair", insistiu Dourado, um idealista do modal ferroviário desde os tempos em que comandou a Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste). 

Metrô na UnB 

Dourado confirmou ao Fato Online que em vez de a segunda estação da Asa Norte ser construída na altura da quadra 102, como previsto inicialmente, o próximo ponto de parada será construído na 107 Norte, justamente para atender à enorme demanda da UnB (Universidade de Brasília). "Prefiro ser otimista. Ainda neste governo, alunos da UnB que moram em Ceilândia ou em Samambaia, por exemplo, poderão ir à universidade de metrô", previu. 

No total, são previstas oito estações na Asa Norte. Já as duas cidades do lado sul citadas por Dourado – Ceilândia e Samambaia – devem ganhar mais duas estações cada, de acordo com o cronograma de expansão do metrô. "Estamos nos preparando para mudar a lógica do transporte público", comentou. 


Fonte: Fato Online
Publicada em:: 15/06/2015

terça-feira, 9 de junho de 2015

Secretário de Transportes do DF reconhece problemas do setor: solução vai demorar

09/06/2015 - Fato Online

A greve dos rodoviários, iniciada nesta segunda-feira, é apenas a cereja no bolo de problemas de quem utiliza o transporte público no Distrito Federal. Após longo tempo de abandono da mobilidade pelo poder público, é um exercício diário de paciência enfrentar ônibus lotados e demorados, linhas mal distribuídas e falta de informação sobre horário e rotas. Para piorar, a separação das linhas em bacias e a renovação da frota de ônibus, feitas na gestão passada, estão sob suspeita.

Em meio a tropeços, alguns passos foram dados no sentido de melhorar a operação dos ônibus na gestão passada. Mas ainda assim, o plano ficou no meio do caminho. A renovação da frota, por exemplo, teria sido uma mudança positiva - excetuando-se as suspeitas de irregularidades -, caso se concretizasse o segundo passo: a racionalização das linhas.

Os novos ônibus são mais confortáveis e inteligentes, e permitiriam uma gestão mais eficaz do transporte, como acompanhar em tempo real horário de chegada e partida dos veículos e eliminar linhas de ônibus repetidas ou concorrentes com o Metrô, por exemplo.

O problema é que o governo nem sequer sabia ao certo quais eram a linhas que rodavam no DF. Sem essa informação, não era possível organizar as linhas, fiscalizar as operadoras e nem distribuir os horários e rotas para os usuários. Como o plano previa a otimização na distribuição das linhas, o número de ônibus foi reduzido. Mas a racionalização não veio e o sistema acabou piorando, porque há menos ônibus, para as mesmas linhas.

"Essa racionalização é urgente. Caso contrário haverá pressão popular para se adquirir mais ônibus. E aí voltaremos ao ciclo que não resolve nada", explica o especialista em transporte público do DF e professor da Universidade de Brasília, Paulo César Marques.

O professor avalia que, do jeito que a licitação foi feita, e sem a possibilidade de se fiscalizar as empresas propriamente, já que não havia informações completas sobre as linhas e o número de passageiros, os operadores acabam atendendo de maneira precária, no sentido de reduzir seus custos. E aí quem sofre é o passageiro.

A copeira Regina Cardoso, de 43 anos, perde quatro horas diárias no ônibus e paga R$ 12 reais de passagem para poder trabalhar. Ela mora em Sobradinho e trabalha no Lago Sul. Sem uma integração que funcione, ela precisa gastar mais dinheiro e tempo que o necessário. "O ônibus demora para chegar e passa longe da minha casa. Ainda tenho que caminhar no escuro", conta.

A vida de dona Regina só deve melhorar a partir do ano que vem. Segundo o secretário de Mobilidade, Carlos Tomé, o governo só conseguiu reunir as informações completas sobre as linhas que rodam no DF agora. "Essa informação não existia. Conseguimos consolidar só agora e está em fase final de validação junto às empresas que operam", disse.

O secretário afirma que, em dois meses, a população terá acesso a essas informações. Na edição do programa Brasília de Perto que vai ao ar na próxima segunda-feira (15), Tomé fala de como essas informações podem ser propagadas por aplicativos para celular utilizadas em larga escala pela população.

Sobre a melhor distribuição das linhas, Tomé diz que é parte do plano, mas ainda levará tempo. "A racionalização não é simples. Envolve cálculos de engenharia e análise crítica, que, agora, com as informações disponíveis, será possível de fazer. Mas também não é fácil de implantar. Existem linhas muito antigas, às quais as pessoas estão acostumadas. Não queremos fazer uma mudança desastrada, como a que aconteceu com o BRT, no fim do ano passado", disse.

O bilhete único, promessa de campanha de Rollemberg, depende de todo esse rearranjo operacional. "Este ano não sai, mas será possível implantar até o final do ano que vem", completa Tomé.

Além de depender da nova distribuição de linhas, o bilhete único ainda precisa vencer uma etapa politicamente mais complicada: a mudança no sistema de remuneração das empresas operadoras. "O bilhete único é operacionalmente simples de implantar, mas potencialmente muito caro para o governo", diz Tomé.

Depois da licitação realizada pela gestão passada para renovar a frota, o subsídio do governo às empresas de ônibus pulou de R$ 40 milhões por ano para R$ 120 milhões - fato que está sendo investigado na CPI do Transporte, na Câmara Legislativa do DF. Isso aconteceu porque a proposta vencedora correspondia a uma malha racionalizada, que nunca foi implantada.

"O DFTrans não tinha segurança nem para dizer quantos passageiros o sistema transportava por mês. Estamos consolidando essas informações para refazer os cálculos de remuneração. Não temos como precisar o quanto a tarifa que o governo subsidia por passageiro cresceu", argumenta Tomé.

Ainda é preciso dar um terceiro passo: modernizar o arranjo institucional da estrutura que gere a mobilidade no DF. Mudanças como a extinção do DFTrans e a criação de uma agência reguladora estão em discussão no governo. Mas isso "não precisa ser para ontem. A parte operacional é mais emergencial", diz o secretário.