quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Presidente do Metrô-DF afirma que sistema precisa ser modernizado

28/01/2015 - Destak Jornal

Sistema está há anos sem novas linhas, trens são antigos e apresentam problemas na manutenção e operação
  
Falhas, falta de manutenção e superlotação do sistema
Falhas, falta de manutenção e superlotação do sist
créditos: Destak Jornal
 
Após a falha no motor de um dos vagões do Metrô do DF na estação Arniqueiras, em Águas Claras, que levou à paralisação do serviço na manhã de ontem, a Companhia do Metropolitano do DF (Metrô/DF) admitiu que o sistema é obsoleto.
 
Segundo o presidente do Metrô-DF, Marcelo Dourado, o sistema precisa ser modernizado. "Vivemos uma triste realidade. Faltaram investimentos no Metrô e, ao longo de muitos anos, não foi construído nenhum centímetro de trilho no DF", reconheceu.
 
Na última quinta-feira (23) após uma forte tempestade que caiu na capital, uma explosão e um princípio de incêndio foram registrados em um trem que circulava entre as estações Arniqueiras e Águas Claras. De acordo com o GDF, os acidentes foram causados por falta de manutenção e de renovação dos equipamentos.
 
Segundo o secretário de Comunicação e Mobilização do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do DF (SindMetrô/ DF), Webert Aires, três fatores contribuem para que incidentes voltem a acontecer. "Faltam peças e mão de obra para fazer a manutenção. Além disso, os trens são velhos".
 
Para tentar amenizar os problemas causados, a Companhia vai renovar os contratos de manutenção dos veículos e promete lançar, ainda neste semestre, um edital para compra de 10 novos trens, que devem entrar em circulação em dois anos. Serão investidos R$ 220 milhões vindos do Ministério das Cidades e da Caixa Econômica Federal. Também há previsão de ampliação do número de estações em Samambaia e Ceilândia, além da Asa Norte.
 
Atualmetne, o sistema conta com 32 trens, mas somente 24 operam. Cerca de 140 mil usuários utilizam o transporte por dia.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Metrô/DF: tecnologia dos anos 1980

25/01/2015 - Jornal de Brasília

Presidente do órgão condena cenário atual e diz que solução pode levar 2 anos

Por Manuela Rolim | Redação do Jornal de Brasília

Os usuários da Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF) terão de ter paciência para esperar as melhorias no transporte. Dois anos, no mínimo, é o prazo dado pelo presidente da companhia, Marcelo Dourado, para começarem as mudanças, consideradas urgentes pelo próprio gestor, após confirmar que a pane em alguns trens, registrada no início da noite da quinta-feira, aconteceu por falta de manutenção e falhas elétricas e mecânicas.

Segundo Dourado, a licitação para a compra de dez trens será feita no primeiro semestre deste ano com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade e custará R$ 230 milhões. No entanto, a empresa vencedora ainda tem aproximadamente 24 meses para entregar os trens.

Já a licitação para a expansão do metrô, o presidente da companhia garante que está prevista para o segundo semestre de 2015. No total, a construção de duas estações em Ceilândia, duas em Samambaia e uma no início da Asa Norte, próximo ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran), vai custar R$ 680 milhões. As obras vão começar após o meio do ano, mas a previsão para os passageiros começarem a utilizar os serviços é em apenas três anos.

Manutenção

Enquanto isso, Dourado assegura que será criado um Comitê de Prevenção Permanente de Segurança (Copese) para rever a manutenção e antecipar os riscos de acidente. "Hoje, temos trens com mais de 20 anos de uso. A frota começou a ser adquirida em 1994, com tecnologia da década de 80. Portanto, não podemos negar a necessidade de uma modernização geral, com ar-condicionado nos vagões e segurança para os usuários. Porém, ainda que as providências já estejam sendo tomadas, esse processo é demorado", acrescenta.

De acordo com o diretor de Administração e Finanças do Sindicato dos Metroviários (Sindmetrô- DF), Quintino dos Santos Sousa, o metrô está operando por sorte. Segundo ele, os contratos de manutenção não estão sendo cumpridos e, quando são, não passam por uma fiscalização adequada, tendo em vista que ela é feita pelas próprias empresas que prestam o serviço. Além disso, Quintino alerta para o quadro reduzido de funcionários, falta de treinamento da equipe e itens de segurança escassos. "Nenhum dos problemas registrados até agora resultaram em tragédia, com mortes, mas a chance é grande. No entanto, como o presidente e os diretores da companhia foram trocados recentemente, nossa expectativa é boa", completa.

Pane não teria relação com a forte chuva

Após um levantamento técnico, o Metrô-DF assumiu que os defeitos verificados em três trens, anteontem, não aconteceram por problemas de energia da Companhia Energética de Brasília (CEB) ou pelas fortes chuvas. Segundo a companhia, o primeiro apresentou falha no cabeamento elétrico do motor, às 18h04, perdendo a tração entre as estações de Águas Claras e Arniqueiras, em virtude de falta de manutenção. Às 18h39, o sistema foi normalizado. Houve atraso de 30 minutos na saída de outras composições.

A segunda falha foi constatada em um trem que chegava à Estação Águas Claras, às 19h40. Houve um curto-circuito do motor, com três explosões provocadas pelo acionamento de um dispositivo de segurança, utilizado para cortar a corrente elétrica em caso de elevações bruscas de energia quando ocorre algum problema no trem.

Segundo a jornaleira Lidinalva Goes, 47, que estava em um dos trens que apresentaram problema, os usuários entraram em pânico. Ela diz que caminhou pelos trilhos da estação de Arniqueiras até Águas Claras. "Eu não vi fogo. Por isso, fiquei tranquila, mas as pessoas ficaram apavoradas", conta.

A operação se normalizou às 22h20, nos dois sentidos, quando o último pedestre foi retirado. Os trens foram recolhidos e passam por revisão. O terceiro a apresentar problemas serviria para remover o segundo, que estava parado, mas também não funcionou. A falha teria provocado uma reação em cadeia.

Tarifa zero

A preocupação com a qualidade dos transportes e com o aumento do preço das passagens motivou os integrantes do Movimento Passe Livre a protestar, por volta das 17h, na Rodoviária do Plano Piloto. Com instrumentos musicais, os manifestantes gritavam "tarifa zero" e ainda chegaram a fechar duas vias do Eixo Monumental, no sentido Torre de TV.

Fonte: Redação do Jornal de Brasília

domingo, 18 de janeiro de 2015

Metrô do DF pode ter extensão de mais 7 km até 2016

18/01/2015 - R7

Secretário de Mobilidade quer iniciar obras de ampliação este ano

Promessa da campanha eleitoral do governador Rodrigo Rollemberg, a extensão da linha do Metrô do Distrito Federal pode ser entregue em um ano. O secretário de Mobilidade, Carlos Henrique Tomé, pretende iniciar em 2015 as obras para a construção de mais 7 km de trilhos, que vai significar cinco novas estações no sistema.

Em Ceilândia, a ideia é construir 2 km de linhas até o final do Setor O. Serão duas estações a mais depois do Terminal Ceilândia. Em Samambaia, o projeto é aumentar em 3,2 km a linha férrea para a construção de outras 2 estações até o final da cidade. A que pode ser mais demorada é a construção da primeira estação da Asa Norte, na Galeria do Trabalhador. Seriam mais 2 km além da Estação Central, na Rodoviária.

Henrique Tomé diz que os projetos estão em fase avançada e que há possibilidade de construção das obras em um prazo de aproximadamente um ano porque nem todas serão subterrâneas, que costumam ser mais demoradas.

— A obra de Ceilândia é em trincheira, que é uma vala descoberta por onde passa o trem, essa obras tem prazo de duração média. Em Samambaia é obra de superfície, que não é muito demorado. A mais complexa é a da Asa Norte, que terá que ser subterrânea.

Tomé afirma que a pretensão do governo é dar início às obras de ampliação o mais rápido possível, além de finalizar os projetos para uma ampliação mais extensa e de prazo ainda idenfinido para atender os moradores da saída norte do Distrito Federal. A ideia é ampliar a linha até Planaltina, passando pela Asa Norte.

Além da ampliação, o governo pretende desenvolver um projeto de modernização do sistema sobre trilhos com a conclusão de mais quatro estações – 104 Sul, 106 Sul, 108 Sul e Onoyama - que estão estruturas, mas ainda carecem de obras de acabamento, e a compra de 10 novos trens.

— Essa modernização também passa pelo sistema elétrico do metrô para aumentar a frequência de circulação dos trens. Hoje a frequência é razoável.

O projeto inicial do metrô do DF previa a saída de trens de cinco em cinco minutos, mas a frequência média é de 15 minutos nos horários de pico e de 30 minutos nos horários de menor movimento.

O projeto inicial do metrô prevê estações até o final da Asa Norte, Ceilândia e Samambaia.